Aprender a lidar com as próprias emoções e se adaptar a diferentes cenários é a chave para superNeste artigo você finalmente entenderá como diferenciar esses conceitos fundamentais da área de Saúde e Segurança do Trabalho ar as adversidades da vida
Apesar de serem dois termos usados comumente como sinônimos, “perigo” e “risco” possuem significados distintos – e a grande maioria das pessoas não conhece essas diferenças. E não compreender essa distinção pode ser capaz de prejudicar a segurança de todos os funcionários da empresa, pois para garantir uma boa Saúde e Segurança do Trabalho (SST), é fundamental que todos consigam identificar os perigos e avaliar os possíveis riscos que estão submetidos no ambiente profissional.
Neste artigo, você terá acesso a um guia completo que esclarece as diferenças e coloca um fim definitivo na confusão gerada entre o uso desses dois termos tão importantes para a segurança do trabalho. Vamos lá?
Conceituação dos termos: perigo ou risco?
Antes de adentrarmos em outros tópicos importantes sobre o assunto, é fundamental entender o conceito de cada termo específico.
Segundo o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, o substantivo perigo (do latim periculu) significa “circunstância, estado ou situação que prenuncia um mal para alguém ou algo”. Contextualizando para a área de SST, o perigo caracteriza-se por ser uma fonte causadora de prejuízos à saúde, como lesões, doenças e, em casos mais extremos, fatalidades.
Já o risco, de acordo com a norma internacional de SST “ISO 45001”, é conceituado como a “combinação da probabilidade de ocorrência de eventos ou exposições perigosas relacionadas aos trabalhos e da gravidade das lesões e problemas de saúde que podem ser causados pelo(s) evento(s) ou exposição(ões)”.
Em resumo, podemos dizer que perigo é um conjunto de propriedades que são inerentes a um processo e que, em determinada condição, é capaz de causar efeitos nocivos à saúde ou ao meio ambiente, dependendo do grau de exposição. Enquanto isso, o risco é, justamente, a chance dessa condição específica resultar em danos ou prejuízos aos trabalhadores envolvidos. Em outras palavras, é o resultado obtido pela efetividade do perigo.
Como você pôde perceber apenas com a conceituação de perigo e risco, esses termos possuem uma forte conexão – o que, na maioria dos casos, influencia a compreensão confusa no uso dessas palavras. Mas é fundamental que você tenha em mente que o perigo, por si só, não representa necessariamente um risco. Entretanto, se um trabalhador for exposto a uma fonte causadora de prejuízos à saúde (perigo), é possível afirmar que nessa situação haverá risco. Lembre-se que o risco é como um evento que pode acontecer a qualquer instante.
Perigo no ambiente de trabalho
Como vimos, o perigo (ou fonte de risco) é um aspecto que, de forma isolada ou combinada, tem o potencial de causar riscos à Saúde e Segurança no Trabalho. O perigo pode ser qualquer coisa potencialmente causadora de danos, tais como:
• Materiais como substâncias tóxicas, solventes, ácidos, metais, gases, plásticos e resinas são considerados fatores de risco em diversas áreas, como nas indústriasmetalúrgicas ou petroleiras, por exemplo..
• Partes móveis sem a devida proteção, condições de uso defeituosas, má conservação, armazenamento inadequado e uso incorreto são alguns perigos relacionados aos equipamentos.
• Além de ambientes muito quentes ou muito frios, empoeirados, com má iluminação ou com presença de gases tóxicos, postos de trabalho ergonomicamente inadequados também caracterizam um fator de risco.
• Você sabia que os próprios trabalhadores também representam perigo para a Saúde e Segurança do Trabalho? A falta ou insuficiência de capacitação, a inexistência de políticas de segurança em uma empresa, a exaustão, o uso de substâncias psicoativas e, até mesmo, o assédio moral são fatores de risco que devemos estar atentos no ambiente profissional.
Exposição ao risco no ambiente de trabalho
O risco ocupacional é caracterizado, principalmente, pela frequência com a qual umtrabalhador pode sofrer danos causados por uma fonte de perigo. Geralmente, os riscos são avaliados em termos de consequências e de probabilidade desses resultados ocorrerem.
Sendo assim, trata-se de um parâmetro incerto e, às vezes, imensurável – afinal, o risco pode ter efeitos positivos ou negativos. No entanto, quando o assunto é a Gestão de SST, é fundamental se atentar mais aos riscos potencialmente negativos não somente à saúde do colaborador, mas também ao meio ambiente.
Geralmente, o grau de exposição aos riscos ocupacionais está vinculado a trêsvariáveis. A primeira delas é o tempo de exposição, ou seja, o período em que o trabalhador teve contato com o agente ou fator de risco. A segunda variável é a intensidade, o nível acumulado do agente ou fator de risco no ambiente de trabalho, como substâncias tóxicas e equipamentos em péssimo estado de conservação. E por fim, temos a natureza do fator de risco, que está relacionado ao potencial agressivo do agente à saúde do trabalhador e ao meio ambiente.
Portanto, podemos concluir que quanto maior o tempo de exposição, a intensidade ea nocividade do agente, maior será o risco ao qual o trabalhador estará exposto.
Prevenção e gerenciamentos de riscos no trabalho
Visando reduzir e, até mesmo, eliminar situações de exposição do colaborador a fatores de risco no ambiente de trabalho, diversas organizações decidiram apostar na prevenção e gerenciamento de riscos ocupacionais. A prevenção de riscos trata-se de uma série de medidas e técnicas, como a redução do uso de materiais, equipamentos e processos que oferecem algum tipo de risco a saúde e integridade física do trabalhador e o incentivo ao uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Enquanto a prevenção tem um caráter mais individual, o gerenciamento de risco ocupacional envolve a elaboração e aplicação de políticas administrativas que têm como objetivo identificar, analisar, avaliar, tratar e monitorar o risco de forma coletiva. Para um gerenciamento de riscos eficiente, é necessário que a empresa ou organização inclua as etapas listadas abaixo no processo:
• A identificação dos perigos é uma etapa considerada primordial, pois consiste na verificação das fontes com potencial de causar danos à saúde dos trabalhadores e ao meio ambiente.
• Em seguida, é importante incluir a identificação dos riscos. Nesse momento, deve ser verificada a probabilidade de concretização dos perigos previamente detectados.
• Após o período de identificação, a avaliação dos riscos precisa ocorrer. Essa etapa consiste em avaliar os riscos identificados com o objetivo de mensurar e classificar a exposição dos trabalhadores aos agentes e fatores de risco.
• Seguindo o processo de avaliação e análise, vem o controle e a prevenção dos riscos.Nessa etapa, é fundamental que as medidas elaboradas sejam colocadas em prática para que os riscos estejam sob controle na empresa ou organização.
• Por fim, o monitoramento e auditoria completam o ciclo de gerenciamento de riscos. Afinal, além de aplicar medidas de prevenção, é importante que elas sejam monitoradas periodicamente e, caso seja preciso, reavaliadas.
Compreender as diferenças e relações entre os termos perigo e risco pode ser determinante para que sua empresa realize uma boa gestão de Saúde e Segurança do Trabalho. E se sua empresa ou organização enfrenta outros desafios a respeito do SST, a Weex pode te ajudar!
O que achou do conteúdo? Ainda tem dúvidas? Deixe seu comentário!