Setembro Verde: conscientização, cultura de doação e o papel das empresas 

Setembro Verde é mais que uma campanha: é uma oportunidade para empresas promoverem empatia, saúde e salvar vidas com informação.
setembro verde

Todos os anos, o mês de setembro ganha uma cor especial: o verde. A campanha “Setembro Verde” tem como foco principal promover a conscientização sobre a doação de órgãos e tecidos, um tema sensível, mas essencial para salvar vidas. 

A seguir, vamos explorar os principais aspectos dessa campanha, destacando sobretudo como se conecta com a cultura de saúde e segurança dentro das empresas e como pode ser implementada de forma estratégica no ambiente corporativo. 

O que é a campanha Setembro Verde? 

Antes de tudo, o “Setembro Verde” é uma campanha nacional de conscientização sobre a doação de órgãos. O mês foi escolhido por conta do Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro. Assim, criada para ampliar o debate sobre o tema e incentivar as pessoas a conversarem com suas famílias sobre o desejo de doar, a campanha também promove eventos, debates e ações educativas. 

A cor verde simboliza a esperança. Esperança de quem espera por um transplante. A esperança de quem foi salvo. Esperança de uma sociedade mais empática e solidária. 

Qual o objetivo da campanha do Setembro Verde? 

O principal objetivo é aumentar o número de doadores no Brasil. Para isso, é preciso: 

  1. Esclarecer mitos sobre a doação. 
  1. Estimular o diálogo entre familiares sobre o desejo de ser doador. 
  1. Promover o conhecimento sobre o processo de doação e transplante. 
  1. Engajar diferentes setores da sociedade na causa. 

A campanha setembro verde não busca apenas aumentar números, mas transformar consciências, estimulando a responsabilidade coletiva e o olhar humano para quem está na fila de espera. 

Qual a importância da conscientização da doação de órgãos? 

A conscientização é o primeiro passo para mudar a realidade. Segundo o Ministério da Saúde, muitas famílias recusam a doação por não conhecerem a vontade do ente falecido. Portanto, quando há diálogo prévio, a taxa de autorização é muito maior. 

A falta de informação ainda é um dos grandes entraves. Por isso, campanhas educativas como a setembro verde, tanto na mídia quanto em espaços institucionais e corporativos, são essenciais. 

Além disso, a discussão também gera impacto na forma como a sociedade compreende temas como empatia, compaixão e generosidade. A partir do momento em que o assunto se torna pauta recorrente, ele deixa de ser tabu e passa a fazer parte das decisões cotidianas. 

Doação de órgãos no Brasil 

O Brasil possui um dos maiores sistemas públicos de transplantes do mundo, coordenado pelo SUS. Ainda assim, a fila é grande. São milhares de pessoas aguardando um órgão para continuar vivendo ou melhorar significativamente sua qualidade de vida. 

De acordo com a ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), cerca de 40% das famílias ainda se recusam a autorizar a doação, mesmo com potencial doador identificado. Isso mostra como a informação e o diálogo ainda precisam ser incentivados, trazendo ainda mais importância à camapnha setembro verde. 

Apesar das dificuldades, avanços importantes têm sido registrados, como o uso de tecnologias para otimizar a logística de transporte de órgãos e o fortalecimento de redes de apoio às famílias dos doadores. 

Transplantes no Brasil 

Atualmente, os transplantes mais realizados são de rins, fígado e córneas. Em muitos casos, o transplante é a única alternativa para manter a vida do paciente. 

Com a pandemia da Covid-19, o volume de transplantes caiu drasticamente, mas os números começam a se recuperar. A retomada da normalidade nos hospitais e o reforço das campanhas de conscientização como a setembro verde são fundamentais para reverter esse cenário. 

Além disso, é importante destacar o papel dos profissionais da saúde, das centrais de transplantes e dos hospitais credenciados, que têm um papel essencial na identificação de doadores, acolhimento das famílias e realização dos procedimentos. 

Como aplicar a campanha Setembro Verde nas empresas 

Incorporar o “Setembro Verde” à cultura organizacional é uma forma de humanizar o ambiente de trabalho e promover valores como empatia, solidariedade e responsabilidade social. 

Confira algumas sugestões de ações: 

  • Palestras e rodas de conversa com especialistas, pessoas transplantadas ou familiares de doadores. 
  • Campanhas internas de e-mail marketing, cartazes e vídeos. 
  • Ativações interativas, como quizzes, jogos e murais com mensagens de esperança. 
  • Depoimentos reais de trabalhadores que foram impactados pelo tema. 
  • Parcerias com instituições ligadas à causa para disseminar informação confiável. 
  • Dinâmicas em SIPATs, inserindo o tema como parte da programação oficial. 

A equipe pode incluir essas iniciativas na programação da SIPAT ou realizá-las como ações isoladas ao longo do mês.

A relação entre campanhas de conscientização e cultura organizacional 

Quando as empresas incentivam discussões como a da doação de órgãos, estão contribuindo diretamente para o fortalecimento de uma cultura mais humana e consciente. Campanhas como o Setembro Verde ajudam a ampliar a visão dos trabalhadores sobre seu papel na sociedade, promovendo um ambiente de trabalho mais empático e conectado com causas relevantes. 

Empresas que apoiam causas sociais têm mais chances de fortalecer sua marca empregadora, gerar engajamento interno e construir conexões mais profundas entre liderança e equipes. A campanha também pode ser um ponto de partida para a criação de programas internos de voluntariado ou parcerias com instituições de saúde. 

O papel da comunicação interna na adesão à campanha 

Uma campanha como o Setembro Verde só tem impacto real se for bem comunicada. Nas empresas, a comunicação interna desempenha um papel decisivo para mobilizar os trabalhadores e gerar engajamento genuíno. 

Para isso, é importante que as mensagens sejam: 

  • Claras e empáticas: fugindo do tom apelativo ou sensacionalista. O foco deve estar em gerar empatia, não culpa. 
  • Relevantes e contextualizadas: conectando o tema com o cotidiano dos trabalhadores e suas famílias. 
  • Multiformato: usando vídeos curtos, depoimentos, quizzes, podcasts ou pôsteres, dependendo da realidade da empresa. 
  • Constantes: a ação não deve se limitar a um único dia. Um planejamento ao longo do mês traz mais consistência e impacto. 

Além disso, a liderança tem papel crucial: quando gestores e influenciadores internos demonstram apoio à campanha, a adesão tende a ser muito maior. 

Conclusão 

O Setembro Verde vai muito além de uma campanha simbólica. É uma oportunidade de salvar vidas, fortalecer valores humanos e engajar empresas e pessoas em um movimento de empatia e responsabilidade social. 

No ambiente corporativo, abordar esse tema pode gerar conversas transformadoras, inspirar atitudes e aproximar as pessoas. Cabe às organizações fazerem parte desse movimento e se tornarem multiplicadoras dessa consciência. 

E você? Já falou com a sua família sobre a sua vontade de ser doador? O primeiro passo para mudar estatísticas é conversar. 

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