Todos os anos, o mês de setembro ganha uma cor especial: o verde. A campanha “Setembro Verde” tem como foco principal promover a conscientização sobre a doação de órgãos e tecidos, um tema sensível, mas essencial para salvar vidas.
A seguir, vamos explorar os principais aspectos dessa campanha, destacando sobretudo como se conecta com a cultura de saúde e segurança dentro das empresas e como pode ser implementada de forma estratégica no ambiente corporativo.
Sumário
- 1 O que é a campanha Setembro Verde?
- 2 Qual o objetivo da campanha do Setembro Verde?
- 3 Qual a importância da conscientização da doação de órgãos?
- 4 Doação de órgãos no Brasil
- 5 Transplantes no Brasil
- 6 Como aplicar a campanha Setembro Verde nas empresas
- 7 A relação entre campanhas de conscientização e cultura organizacional
- 8 O papel da comunicação interna na adesão à campanha
- 9 Conclusão
O que é a campanha Setembro Verde?
Antes de tudo, o “Setembro Verde” é uma campanha nacional de conscientização sobre a doação de órgãos. O mês foi escolhido por conta do Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro. Assim, criada para ampliar o debate sobre o tema e incentivar as pessoas a conversarem com suas famílias sobre o desejo de doar, a campanha também promove eventos, debates e ações educativas.
A cor verde simboliza a esperança. Esperança de quem espera por um transplante. A esperança de quem foi salvo. Esperança de uma sociedade mais empática e solidária.
Qual o objetivo da campanha do Setembro Verde?
O principal objetivo é aumentar o número de doadores no Brasil. Para isso, é preciso:
- Esclarecer mitos sobre a doação.
- Estimular o diálogo entre familiares sobre o desejo de ser doador.
- Promover o conhecimento sobre o processo de doação e transplante.
- Engajar diferentes setores da sociedade na causa.
A campanha setembro verde não busca apenas aumentar números, mas transformar consciências, estimulando a responsabilidade coletiva e o olhar humano para quem está na fila de espera.
Qual a importância da conscientização da doação de órgãos?
A conscientização é o primeiro passo para mudar a realidade. Segundo o Ministério da Saúde, muitas famílias recusam a doação por não conhecerem a vontade do ente falecido. Portanto, quando há diálogo prévio, a taxa de autorização é muito maior.
A falta de informação ainda é um dos grandes entraves. Por isso, campanhas educativas como a setembro verde, tanto na mídia quanto em espaços institucionais e corporativos, são essenciais.
Além disso, a discussão também gera impacto na forma como a sociedade compreende temas como empatia, compaixão e generosidade. A partir do momento em que o assunto se torna pauta recorrente, ele deixa de ser tabu e passa a fazer parte das decisões cotidianas.
Doação de órgãos no Brasil
O Brasil possui um dos maiores sistemas públicos de transplantes do mundo, coordenado pelo SUS. Ainda assim, a fila é grande. São milhares de pessoas aguardando um órgão para continuar vivendo ou melhorar significativamente sua qualidade de vida.
De acordo com a ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), cerca de 40% das famílias ainda se recusam a autorizar a doação, mesmo com potencial doador identificado. Isso mostra como a informação e o diálogo ainda precisam ser incentivados, trazendo ainda mais importância à camapnha setembro verde.
Apesar das dificuldades, avanços importantes têm sido registrados, como o uso de tecnologias para otimizar a logística de transporte de órgãos e o fortalecimento de redes de apoio às famílias dos doadores.
Transplantes no Brasil
Atualmente, os transplantes mais realizados são de rins, fígado e córneas. Em muitos casos, o transplante é a única alternativa para manter a vida do paciente.
Com a pandemia da Covid-19, o volume de transplantes caiu drasticamente, mas os números começam a se recuperar. A retomada da normalidade nos hospitais e o reforço das campanhas de conscientização como a setembro verde são fundamentais para reverter esse cenário.
Além disso, é importante destacar o papel dos profissionais da saúde, das centrais de transplantes e dos hospitais credenciados, que têm um papel essencial na identificação de doadores, acolhimento das famílias e realização dos procedimentos.
Como aplicar a campanha Setembro Verde nas empresas
Incorporar o “Setembro Verde” à cultura organizacional é uma forma de humanizar o ambiente de trabalho e promover valores como empatia, solidariedade e responsabilidade social.
Confira algumas sugestões de ações:
- Palestras e rodas de conversa com especialistas, pessoas transplantadas ou familiares de doadores.
- Campanhas internas de e-mail marketing, cartazes e vídeos.
- Ativações interativas, como quizzes, jogos e murais com mensagens de esperança.
- Depoimentos reais de trabalhadores que foram impactados pelo tema.
- Parcerias com instituições ligadas à causa para disseminar informação confiável.
- Dinâmicas em SIPATs, inserindo o tema como parte da programação oficial.
A equipe pode incluir essas iniciativas na programação da SIPAT ou realizá-las como ações isoladas ao longo do mês.
A relação entre campanhas de conscientização e cultura organizacional
Quando as empresas incentivam discussões como a da doação de órgãos, estão contribuindo diretamente para o fortalecimento de uma cultura mais humana e consciente. Campanhas como o Setembro Verde ajudam a ampliar a visão dos trabalhadores sobre seu papel na sociedade, promovendo um ambiente de trabalho mais empático e conectado com causas relevantes.
Empresas que apoiam causas sociais têm mais chances de fortalecer sua marca empregadora, gerar engajamento interno e construir conexões mais profundas entre liderança e equipes. A campanha também pode ser um ponto de partida para a criação de programas internos de voluntariado ou parcerias com instituições de saúde.
O papel da comunicação interna na adesão à campanha
Uma campanha como o Setembro Verde só tem impacto real se for bem comunicada. Nas empresas, a comunicação interna desempenha um papel decisivo para mobilizar os trabalhadores e gerar engajamento genuíno.
Para isso, é importante que as mensagens sejam:
- Claras e empáticas: fugindo do tom apelativo ou sensacionalista. O foco deve estar em gerar empatia, não culpa.
- Relevantes e contextualizadas: conectando o tema com o cotidiano dos trabalhadores e suas famílias.
- Multiformato: usando vídeos curtos, depoimentos, quizzes, podcasts ou pôsteres, dependendo da realidade da empresa.
- Constantes: a ação não deve se limitar a um único dia. Um planejamento ao longo do mês traz mais consistência e impacto.
Além disso, a liderança tem papel crucial: quando gestores e influenciadores internos demonstram apoio à campanha, a adesão tende a ser muito maior.
Conclusão
O Setembro Verde vai muito além de uma campanha simbólica. É uma oportunidade de salvar vidas, fortalecer valores humanos e engajar empresas e pessoas em um movimento de empatia e responsabilidade social.
No ambiente corporativo, abordar esse tema pode gerar conversas transformadoras, inspirar atitudes e aproximar as pessoas. Cabe às organizações fazerem parte desse movimento e se tornarem multiplicadoras dessa consciência.
E você? Já falou com a sua família sobre a sua vontade de ser doador? O primeiro passo para mudar estatísticas é conversar.