Você sabia que os grandes responsáveis pela ocorrência das doenças ocupacionais são os riscos ergonômicos no ambiente profissional? Neste artigo, você saberá quais são eles, seus impactos na saúde e como preveni-los!
Atualmente, é comum que boa parte dos trabalhadores passe horas realizando a mesma tarefa, seja operando máquinas, seja na frente do computador. A repetição constante de atividades pode levar a monotonia que, somada a outros fatores – tais como a má alimentação, o sono desregulado, o cansaço e o sedentarismo -, pode comprometer tanto a saúde física, quanto mental de qualquer colaborador.
Neste artigo, você conhecerá os sete maiores riscos ergonômicos no ambiente de trabalho e suas consequências. Além disso, também compartilhamos algumas dicas valiosas que reforçam a importância de programas de saúde e da ergonomia no trabalho para você aplicar no seu dia a dia. Vamos lá?
Conceituando o risco ergonômico
Se você já teve oportunidade de conferir nosso artigo que esclarece a diferença entre risco e perigo, já sabe que o risco está relacionado a chance de uma condição específica no ambiente de trabalho resultar em prejuízos físicos, materiais e/ou mentais aos trabalhadores envolvidos. O risco pode acontecer a qualquer instante!
Já a ergonomia tem sua origem na união de dois termos gregos: “ergon” (trabalho) e “nomos” (normas). Sendo assim, é possível afirmar que a ergonomia representa o conjunto de regras e procedimentos que inspiram cuidados com a saúde do profissional, dentro e fora do seu ambiente de trabalho.
Essa prática tem como objetivo adaptar o trabalho ao colaborador, de forma que sejam evitadas posturas incorretas e esforços repetitivos. Afinal, tais comportamentos podem resultar em problemas posturais, nas articulações e musculares, entre outros.
Então… o que significa risco ergonômico?
Em resumo, risco ergonômico é todo fator ou circunstância de trabalho capaz de interferir nas características tanto psicológicas, quanto fisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou, até mesmo, afetando diretamente sua saúde.
Ao contrário do que muitos acreditam, não é preciso que a atividade laboral envolva risco de acidentes graves para que haja risco ergonômico em uma empresa. Desde que a possibilidade de gerar uma sensação incômoda e desagradável no cumprimento de tarefas exista, é possível que você esteja passível de lidar com um risco ergonômico.
Por isso, é fundamental que todas as organizações apostem na ergonomia! Afinal, adequar a empresa ergonomicamente significa colocar cada funcionário num posto de trabalho compatível com suas condições físicas e mentais. Somente assim, será possível diminuir a sensação de fadiga e exaustão mental dos trabalhadores, além de reduzir significativamente os casos de acidentes no trabalho.
Então… o que significa risco ergonômico?
Os riscos ergonômicos podem dar origem ou agravar distúrbios psicológicos e fisiológicos, além de provocar sérios danos à saúde do trabalhador devido às alterações causadas no organismo e estado emocional – o que compromete a produtividade, a saúde e a segurança do colaborador!
Para reconhecer os principais riscos ergonômicos presentes em seu ambiente de trabalho, é fundamental que você compreenda o que pode causar cada um deles. Pensando nisso, preparamos uma lista com os 7 maiores riscos ergonômicos no trabalho. Confira a seguir:
- POSTURA INADEQUADA
Ter uma postura inadequada significa que há uma falta de harmonia entre suas estruturas de sustentação. Ainda que não acusem problemas de imediato, manter uma postura incorreta em seu trabalho pode causar prejuízos a médio e longo prazo.
Além de consequências estéticas, ela também pode causar problemas físicos que prejudicam a qualidade de vida – como lesões, fadiga e enfraquecimento de determinadas partes do corpo (pulso, ombros, lombar e coluna). Essas condições clínicas também podem levar a um comprometimento do sistema osteomuscular, que pode desencadear no surgimento de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT).
Por isso, caso atue em ambientes em que é preciso trabalhar sentado a maior parte do tempo, é fundamental que a cadeira dê total sustentação à sua coluna e que garanta que as pernas fiquem em um ângulo de 90°. Os cotovelos também devem ficar nessa posição, sendo apoiados corretamente na mesa logo à frente.
Caso seu trabalho seja feito em pé, o ideal é que a configuração de todos os móveis leve em consideração a sua altura. Além disso, também é importante estimular os colegas a manterem uma postura adequada ao longo do expediente.
- REPETIÇÃO DE MOVIMENTOS
Outro fator de risco ergonômico que pode levar ao desenvolvimento de doenças é a repetição contínua de movimentos no trabalho. Realizar sempre os mesmos movimentos – tais como digitar no computador, operar máquinas ou, até mesmo, abaixar várias vezes para pegar objetos ou cargas pesadas – podem desencadear um caso especial de tendinite, conhecido como LER (Lesão por Esforço Repetitivo). Essa doença causa dores e limita a movimentação da região afetada.
Para evitar o surgimento da LER, não deixe de fazer uso adequado de Equipamentos de Proteção Individual (como capacetes, luvas, entre outros) e programe pequenas pausas a cada hora para alongar o seu corpo.
- ILUMINAÇÃO INADEQUADA
A iluminação é um dos fatores que influenciam diretamente no conforto, na produtividade e, até mesmo, na saúde dos colaboradores no ambiente de trabalho. Um ambiente excessivamente iluminado de maneira natural pode ter níveis de radiação UV muito intensos, causando possíveis problemas para a pele do colaborador. Já a falta de iluminação, por outro lado, faz com que o ambiente seja quase insalubre, contribuindo para a chamada “vista cansada”.
Também é importante destacar que além de provocar dores de cabeça, irritação, estresse e em casos mais graves, problemas para a pele e visão, a iluminação inadequada favorece a ocorrência de erros que podem levar à acidentes de trabalho.
Por isso, aposte em uma iluminação difusa e bem distribuída por todo o ambiente, evitando cantos escuros ou pontos que são excessivamente iluminados. Lembre-se de que o computador nunca deve receber a luz natural da janela diretamente na tela. O ofuscamento prejudica tanto a concentração, quanto a saúde do colaborador.
- RITMO ACELERADO DE TRABALHO
Cumprir prazos muito desafiadores ou assumir uma grande quantidade de tarefas em um pequeno intervalo de tempo se tornou comum no mercado de trabalho. Mas você sabia que mesmo cumprindo somente a carga horária obrigatória, o ritmo acelerado de trabalho pode causar estresse físico e psicológico?
O estresse pode afetar a disposição e o sistema imunológico do trabalhador, comprometendo sua saúde e propiciando o desenvolvimento de doenças e transtornos, como doenças cardiovasculares, gastrites, ansiedade e depressão.
Além disso, o ritmo acelerado do trabalho pode levar o colaborador a deixar de priorizar cuidados com a segurança, oferecendo riscos a própria integridade e a de seus colegas. Por isso, não deixe de buscar um ritmo de trabalho que seja condizente e adequado com a sua atividade profissional para que não haja sobrecarga física e/ou emocional.
- MONOTONIA DE ATIVIDADES
Você sabia que uma atividade laboral muito monótona e repetitiva pode levar o trabalhador a desenvolver distúrbios psicológicos como ansiedade e, até mesmo, depressão?
Realizar as mesmas tarefas diariamente, sem novos desafios ou aprendizados, pode ser desestimulante – fazendo com que o colaborador não se sinta motivado a realizar a atividade. A falta de interesse compromete a saúde mental e favorece o desenvolvimento de transtornos psicológicos, afetando o desempenho do profissional..
Além de ser uma condição que favorece a desmotivação, a monotonia também pode fazer com que o trabalhador se torne mais ausente mentalmente, afetando diretamente a sua produtividade e segurança. Uma forma de lidar com essa situação é buscar, tanto quanto possível, uma variabilidade de ações, de modo a diversificar a atuação dos funcionários no trabalho.
- GRANDES JORNADAS DE TRABALHO
Jornadas de trabalho prolongadas, especialmente quando não são previamente acordadas, podem causar fadiga, estresse, irritabilidade e outros sinais de esgotamento mental nos funcionários. Um exemplo desse risco ergonômico é quando um colaborador precisa ultrapassar o seu horário de trabalho, cumprindo uma jornada de 10 ou 12 horas.
Esse tipo de situação pode até ser recorrente no mercado de trabalho, mas é fundamental alertá-lo de suas consequências. As grandes jornadas de trabalho diminuem, consideravelmente, a produtividade dos trabalhadores – afinal, a motivação e a própria capacidade de executar tarefas e solucionar problemas que surjam no ambiente de trabalho é comprometida pela exaustão e desconcentração.
Além de aumentar a fadiga e o estresse, o esforço mental e/ou físico exagerado também favorece o surgimento da Síndrome de Burnout (esgotamento profissional) – que vem se tornando um quadro clínico cada vez mais comum em ambientes profissionais. Por isso, se organize para sempre cumprir suas tarefas dentro do horário previamente estabelecido, e estimule seus colegas a fazerem o mesmo – essa prática ajuda a impedir que todos trabalhem de maneira excessiva.
- MANUSEIO DE CARGAS PESADAS
Levantar, transportar ou manusear cargas pesadas também pode ser um risco ergonômico para o colaborador. Ao ser exercida de maneira incorreta, essa prática pode provocar lesões no sistema musculoesquelético. Além de dores intensas na coluna, na região lombar, nos ombros, nos braços e nos pulsos, o levantamento de cargas de maneira inadequada pode provocar a incidência de LER e DORT.
Com o passar do tempo, o trabalhador também pode ter comprometimentos sérios a sua saúde, que o conduzirão a um afastamento temporário do trabalho ou, em casos mais graves, um afastamento permanente de suas atividades por incapacidade física.
Esse tipo de prática imprudente no trabalho deve ser combatida constantemente, e o trabalhador jamais deve ser estimulado a realizar o levantamento de um peso que seja maior do que sua capacidade ou que possa provocar algum tipo de lesão ou consequência para o seu organismo. Também é indispensável manter a postura adequada na execução dessa tarefa, evitando que determinadas regiões da coluna sejam mais exigidas do que outras.
Como prevenir os riscos ergonômicos
Esse tipo de prática imprudente no trabalho deve ser combatida constantemente, e o trabalhador jamais
Como vimos ao longo do artigo, os riscos ergonômicos podem comprometer seriamente a saúde do trabalhador. Você sabia que evitar e prevenir os riscos ergonômicos não é só uma necessidade, mas também uma exigência da legislação trabalhista brasileira?
Devido ao grande número de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais no Brasil, o Ministério do Trabalho e Emprego elaborou uma norma regulamentadora destinada a ergonomia que deve ser seguida por empresas para proteger a saúde do trabalhador: a NR-17.
Essa medida de prevenção tem como objetivo estabelecer parâmetros que permitem a adaptação das condições de trabalho às características psicológicas e fisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. Para que esse cenário seja alcançado, a legislação também exige que seja feita a Análise Ergonômica do Trabalho (AET).
A função primordial da AET é analisar os riscos ergonômicos de trabalho e propor soluções ergonômicas para reduzir ou extinguir o risco existente, propiciando melhores condições do ambiente de trabalho e uma melhor realização das tarefas laborais. Essa prática de segurança é muito importante, pois auxilia empresas a terem uma visão completa de quais são todos os riscos envolvidos na execução das atividades, de modo que eles possam ser mitigados ou eliminados.
Portanto, não deixe de elaborar um plano de ação de prevenção e de medidas de segurança para sua empresa. Ainda possui dúvidas de como reduzir os riscos ergonômicos no ambiente de trabalho? Entre em contato com a Weex e conheça nossas campanhas interativas e informativas que te ajudarão a solucionar as necessidades de segurança da sua empresa!
