Entenda o que é a Síndrome de Burnout, quais são seus sintomas e como é feito o diagnóstico, a prevenção e o tratamento
Cuidados com a alimentação, prática de exercícios físicos, manter uma rotina saudável de sono…é muito comum que haja preocupação e cautela quando o assunto está relacionado à saúde e integridade física do nosso corpo.
No entanto, muitas vezes, nos esquecemos do cuidado com algo capaz de desequilibrar nosso bem-estar, provocar síndromes e até mesmo o desenvolvimento de psicopatologias: a saúde mental. Nesse sentido, uma das síndromes mais conhecidas e causadas por esse descuido é a chamada Síndrome de Burnout.
Quer saber mais o que é, quais são os sintomas e como tratar essa condição? Então continue a leitura que vamos te explicar tudo!
Acesse rápido:
- O que é a Síndrome de Burnout?
- Origem do termo “Burnout”
- Quais são as causas da Síndrome de Burnout?
- Os 3 fatores da Síndrome de Burnout
- Sintomas de Burnout
- Síndrome de Burnout x Estresse
- Como é feito o diagnóstico da Síndrome de Burnout?
- Como se tratar e se recuperar da Síndrome de Burnout?
- Como se prevenir da Síndrome de Burnout?
- Adote hábitos saudáveis!
- Dica extra: Como você pode ajudar os seus funcionários a se atentarem para a Síndrome de Burnout e para outros transtornos de saúde mental?
O que é a Síndrome de Burnout?
A Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, é caracterizada pela exaustão psíquica, emocional e física, provocada por questões de trabalho que geram estresse, pressões psicológicas e esgotamento físico e mental. Dados do International Stress Management Association* (Isma) revelam que 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com esse problema, e que esse número está cada vez mais preocupante!
*Em português “Associação Internacional de Gerenciamento de Estresse”.
Origem do termo “Burnout”
Primeiramente, é importante saber que “Burnout” é um termo de origem inglesa. Portanto, sua composição vem da palavra “burn”, que traduzida do inglês significa “queima”, e da palavra “out”, que significa “fora”. Além disso, o termo também é utilizado para designar algo que deixou de funcionar corretamente devido ao esgotamento de energia.
Desse modo, podemos dizer que na Síndrome de Burnout, a pressão no trabalho (ou seja, a pressão que vem de “fora”) causa uma “queima” dentro dos indivíduos, esgotando sua energia emocional, psicológica e física.
Mas você sabia que, até o início da década de 70, o termo “burnout” era utilizado para se referir aos efeitos causados em pessoas que faziam o uso de drogas psicoativas? É isso mesmo! Aplicado de maneira informal, o termo “burnout” descrevia as consequências negativas provocadas no organismo pelo consumo excessivo dessas substâncias químicas.
Foi somente em 1974, na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, que o psicólogo Herbert Freudenberger, ao analisar uma clínica de recuperação para dependentes químicos, percebeu que as pessoas que se voluntariavam para prestar serviços no local estavam ficando emocionalmente esgotadas, além de não conseguirem dar aos pacientes a atenção necessária, entrando num ciclo de sentimentos de insuficiência e incompetência profissional.
O psicólogo, então, ressignificou o termo “burnout” para descrever essa condição gerada pelo esgotamento no trabalho – e se tornou um dos pioneiros no estudo dessa síndrome.
Quais são as causas da Síndrome de Burnout?
A principal causa da Síndrome de Burnout é o excesso de trabalho e responsabilidades profissionais. Apesar do trabalho ser necessário para a maioria das pessoas e responsável pelo desenvolvimento e evolução de toda a sociedade, as pressões e cobranças em demasia provenientes do ambiente ou rotina profissional, se não bem gerenciadas, podem provocar extremo cansaço e desgaste físico e emocional.
Os 3 fatores da Síndrome de Burnout
Para determinar exatamente o que caracteriza essa síndrome, a Revista Brasileira de Medicina do Trabalho definiu os seguintes fatores para a Síndrome de Burnout:
- Exaustão Emocional: o indivíduo não consegue ter energia para exercer as atividades que seu trabalho requer.
- Despersonalização: o indivíduo torna-se insensível e indiferente ao sofrimento alheio como forma de se proteger da carga emocional derivada do contato com o outro.
- Realização profissional reduzida: o indivíduo começa a ficar insatisfeito com o próprio trabalho, se sentindo incompetente e insuficiente para o cargo.
Sintomas de Burnout
Os sintomas da Síndrome de Burnout podem ser divididos em físicos, psíquicos, defensivos e comportamentais. Veja os detalhes de cada um a seguir:
- Físicos: fadiga constante, dores musculares, distúrbios do sono, cefaleias, enxaquecas, problemas gastrointestinais, transtornos cardiovasculares, desordens do sistema respiratório, disfunções sexuais e alterações menstruais nas mulheres.
- Psíquicos: falta de atenção, alterações de memória, lentificação do pensamento, sentimento de solidão, impaciência, depressão, baixa autoestima, desconfiança, paranoia, dentre outros.
- Comportamentais: negligência, irritabilidade, agressividade, não aceitação de mudanças, falta de iniciativa, comportamentos de risco, pensamentos suicidas.
- Defensivos: tendência ao isolamento, perda do interesse pelo trabalho, absenteísmo, ironia e cinismo.
Sendo assim, é importante ressaltar que não é necessário apresentar todos esses sintomas para a investigação e diagnóstico de um possível quadro de Burnout. Sentir, com frequência, alguns desses sintomas, já é motivo suficiente para procurar ajuda profissional. Por isso, fique atento!
Síndrome de Burnout x Estresse
Você sabia que, apesar de associados, estresse e Síndrome de Burnout são condições diferentes e que ambas merecem atenção e cuidados específicos?
Em resumo, o estresse é uma reação natural e necessária do organismo: ele nos coloca em estado de alerta quando vivenciamos situações de perigo, risco ou ameaça, provocando reações físicas e emocionais no organismo.
O problema acontece quando o estado de estresse permanece por um longo período, trazendo uma série de malefícios ao corpo humano, tais como, náuseas, alterações no humor, enxaquecas e problemas de memória.
Entretanto, a Síndrome de Burnout é um esgotamento físico e mental causado pelo estresse proveniente do ambiente de trabalho. Dessa forma, algumas das principais características que diferem o estresse da Síndrome de Burnout é justamente os sintomas da despersonalização, em que o indivíduo, para se defender da carga emocional do contato com o outro em seu ambiente de trabalho, torna-se insensível aos problemas ou sofrimentos alheios.
Como é feito o diagnóstico da Síndrome de Burnout?
Geralmente, o diagnóstico da Síndrome de Burnout é feito por psiquiatras ou psicólogos que possuem conhecimento e experiência para identificar e tratar esse tipo de condição. Portanto, se você perceber que tem sentido os sintomas da Síndrome de Burnout com frequência, procure um desses profissionais para poder diagnosticar e tratar esse possível quadro de Burnout o quanto antes.
Como se tratar e se recuperar da Síndrome de Burnout?
A Síndrome de Burnout é tratada com psicoterapia e, em alguns casos, com medicamentos ansiolíticos e antidepressivos. Durante o tratamento psicoterápico, o psicólogo ajudará o paciente a se autodescobrir, a compreender seus limites e dificuldades e a balancear suas emoções para a tomada de decisões.
Além disso, o paciente com Síndrome de Burnout aprenderá a equilibrar o trabalho com as outras áreas da vida, e a desenvolver estratégias que ajudem a lidar com as constantes situações de estresse e pressão no trabalho. Geralmente, os sinais de melhora surgem entre um e três meses após o início do tratamento, mas esse número pode variar dependendo do caso.
De qualquer forma, é essencial seguir o tratamento de forma constante, para evitar que o problema se agrave ou que até mesmo leve a um quadro de depressão.
Como se prevenir da Síndrome de Burnout?
A prevenção da Síndrome de Burnout é feita por meio do gerenciamento da rotina e pela adoção de mecanismos que ajudem a aliviar a pressão e o estresse do trabalho. Confira a seguir algumas dicas:
- Separe um tempo de lazer na sua rotina diária! Pode ser assistir um vídeo, ler um livro, ir ao cinema ou até mesmo cozinhar, se essa for uma tarefa que te dá prazer;
- Tente passar mais tempo com seus amigos e familiares;
- Procure organizar sua semana, definindo pequenas metas profissionais e pessoais. Afinal, como já dizia a sabedoria popular “É de degrau em degrau que a gente consegue chegar até o topo!”;
- Evite reclamar e adotar pensamentos negativos, principalmente sobre o seu trabalho. Além disso, evite também contato com que só sabe se queixar do emprego: essas pessoas acabam transferindo essa carga emocional para você;
- Não tente ignorar os problemas que surgem no seu dia a dia e não negligencie os sinais de seu corpo. Isso pode intensificar a situação e favorecer o desenvolvimento de uma possível Síndrome de Burnout.
Adote hábitos saudáveis!
Os hábitos saudáveis não poderiam ficar de fora das recomendações para prevenir a Síndrome de Burnout. Eles são fundamentais para manter sua saúde mental, emocional, psíquica e física em dia. Veja o que você pode fazer para viver de forma mais saudável e evitar o desenvolvimento da Síndrome de Burnout:
- Faça exercícios físicos de forma regular. A prática frequente de alguma atividade física ajuda a aliviar o estresse e produz hormônios como a endorfina que aumentam o prazer e o bem-estar;
- Procure ter uma alimentação balanceada, rica em frutas, verduras e legumes;
- Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Ao contrário do que se pensa, o álcool pode aumentar a quantidade de estresse;
- Não fume tabaco nem faça uso de outras drogas psicoativas. Além se serem extremamente prejudiciais ao organismo, elas podem aumentar a confusão mental.
Dica extra: Como você pode ajudar os seus funcionários a se atentarem para a Síndrome de Burnout e outros transtornos de saúde mental?
Agora quero compartilhar, neste artigo, uma dica especial para quem é gestor ou líder nas empresas!
Já sabemos que a Síndrome de Burnout destaca a importância do cuidado com a saúde mental no ambiente e nas relações de trabalho: uma análise feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2016 revelou que, em média, casos leves de transtorno mental provocam a perda de cerca de quatro dias de trabalho no ano, enquanto casos graves podem levar a perda de cerca de 200 dias de trabalho no ano. Impactante, não é mesmo?
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