A prevenção de acidentes e doenças ocupacionais começa com o mapeamento consciente dos perigos existentes no ambiente de trabalho. Assim, nesse contexto, o mapa de risco segurança do trabalho é uma ferramenta estratégica e obrigatória que facilita a visualização e o controle de riscos. Utilizado como base para ações preventivas, o mapa de risco integra a rotina de segurança e saúde nas empresas, fortalecendo a cultura de prevenção.
Neste artigo, você vai entender o que é o mapa de risco, o que diz a NR 5, como elaborá-lo corretamente, quais são os níveis de risco e muito mais.
Sumário
- 1 O que é um mapa de risco na segurança do trabalho?
- 2 O que diz a NR 5 sobre mapa de risco de segurança do trabalho?
- 3 Qual é o principal objetivo do mapa de risco de segurança do trabalho?
- 4 Quais são os 4 níveis de risco?
- 5 Quais as penalidades para quem não aplicar o mapa de riscos?
- 6 Quem é o responsável pela elaboração do mapa de riscos?
- 7 Como se faz um mapa de riscos?
- 8 Quais são os elementos do mapa de riscos?
- 9 Conclusão
O que é um mapa de risco na segurança do trabalho?
Antes de tudo, o mapa de risco é uma representação gráfica dos perigos existentes em cada setor da empresa. Desse modo, utiliza cores e círculos de tamanhos diferentes para indicar a natureza e a intensidade dos riscos identificados, facilitando a compreensão até para quem não tem formação técnica.
Essa ferramenta permite identificar de forma clara os agentes de risco físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes, bem como tomar decisões mais assertivas sobre intervenções, treinamentos e medidas de controle.
O que diz a NR 5 sobre mapa de risco de segurança do trabalho?
A Norma Regulamentadora 5 (NR 5) trata da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e estabelece que é responsabilidade da comissão, com a colaboração do SESMT quando houver, elaborar e manter atualizado o mapa de risco da empresa.
Portanto, essa exigência reforça o papel preventivo da CIPA e sua importância na gestão dos riscos ocupacionais. Além disso, a norma também prevê que os trabalhadores participem da construção do mapa, tornando o processo mais colaborativo e eficaz.
Qual é o principal objetivo do mapa de risco de segurança do trabalho?
Antes de mais nada, o objetivo do mapa de risco é promover a identificação participativa dos riscos no ambiente de trabalho. Ele serve para:
- Mapear os tipos e níveis de risco por setor;
- Sensibilizar trabalhadores e lideranças;
- Priorizar ações preventivas;
- Facilitar auditorias e fiscalizações;
- Apoiar treinamentos e campanhas de segurança.
Portanto, mais do que um documento obrigatório, o mapa de risco deve ser um recurso vivo, atualizado e integrado à rotina da empresa.
Quais são os 4 níveis de risco?
Os níveis de risco são representados graficamente no mapa por círculos de tamanhos diferentes:
- Pequeno – risco leve, com baixa probabilidade de dano;
- Médio – risco moderado, requer atenção e controle contínuo;
- Grande – risco elevado, com alta chance de gerar acidentes ou doenças;
- Muito grande – risco crítico, demanda intervenção imediata.
A classificação considera tanto a gravidade quanto a frequência da exposição ao risco.
Quais as penalidades para quem não aplicar o mapa de riscos?
Empresas que não elaboram ou mantêm o mapa de risco atualizado estão sujeitas a autuações e multas por descumprimento da NR 5. Assim, em casos de acidentes relacionados a riscos não identificados ou mapeados, a empresa pode ainda responder civil, administrativa e criminalmente.
Além das penalidades legais, a ausência do mapa compromete a credibilidade da gestão de segurança e aumenta o passivo trabalhista da organização.
Quem é o responsável pela elaboração do mapa de riscos?
A CIPA, em conjunto com o SESMT (quando houver), é a responsável por elaborar o mapa de risco. No entanto, a participação dos trabalhadores é essencial nesse processo, já que são eles que vivenciam diariamente os riscos nas suas atividades.
A construção do mapa deve ser feita com base em observações diretas, análises de dados, registros de acidentes e percepção dos riscos pelos próprios trabalhadores. Essa abordagem garante mais precisão e engajamento.
Como se faz um mapa de riscos?
A elaboração do mapa de risco envolve as seguintes etapas:
- Divisão da planta da empresa por setores;
- Identificação dos riscos em cada setor;
- Classificação dos riscos segundo os tipos (físicos, químicos etc.);
- Definição da intensidade (pequeno, médio, grande, muito grande);
- Representação gráfica no croqui/planta da área com cores e tamanhos padronizados;
- Validação pela CIPA e trabalhadores do setor;
- Afixação em local visível e revisão periódica.
Quais são os elementos do mapa de riscos?
O mapa de risco deve conter os seguintes elementos principais:
- Croqui ou planta baixa da empresa com setores identificados;
- Círculos coloridos, de tamanhos variados, representando os riscos:
- Verde: riscos físicos
- Vermelho: riscos químicos
- Marrom: riscos biológicos
- Amarelo: riscos ergonômicos
- Azul: riscos de acidentes
- Legenda explicativa com os tipos de risco e os significados dos tamanhos dos círculos;
- Assinaturas da CIPA e responsáveis pela elaboração.
Além disso, é recomendável manter uma versão digital acessível e atualizada, especialmente em empresas com operações descentralizadas ou áreas amplas.
Conclusão
O mapa de risco segurança do trabalho é mais do que uma exigência normativa, ou seja, é uma ferramenta de gestão que protege vidas e fortalece a cultura preventiva nas empresas. Logo, seu valor vai além do papel, sendo essencial para decisões estratégicas, planejamento de treinamentos e ações de melhoria contínua.
Para empresas que querem ir além do básico, o segredo está em envolver os trabalhadores, atualizar os mapas periodicamente e integrá-los às demais campanhas de segurança e saúde do trabalho.