Mapa de Risco Segurança do Trabalho: tudo o que você precisa saber

O mapa de risco segurança do trabalho é obrigatório e essencial para prevenir acidentes. Neste artigo, você aprende o que é, como aplicar e como evitar erros comuns.
mapa de risco segurança do trabalho

A prevenção de acidentes e doenças ocupacionais começa com o mapeamento consciente dos perigos existentes no ambiente de trabalho. Assim, nesse contexto, o mapa de risco segurança do trabalho é uma ferramenta estratégica e obrigatória que facilita a visualização e o controle de riscos. Utilizado como base para ações preventivas, o mapa de risco integra a rotina de segurança e saúde nas empresas, fortalecendo a cultura de prevenção.

Neste artigo, você vai entender o que é o mapa de risco, o que diz a NR 5, como elaborá-lo corretamente, quais são os níveis de risco e muito mais.

O que é um mapa de risco na segurança do trabalho?

Antes de tudo, o mapa de risco é uma representação gráfica dos perigos existentes em cada setor da empresa. Desse modo, utiliza cores e círculos de tamanhos diferentes para indicar a natureza e a intensidade dos riscos identificados, facilitando a compreensão até para quem não tem formação técnica.

Essa ferramenta permite identificar de forma clara os agentes de risco físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes, bem como tomar decisões mais assertivas sobre intervenções, treinamentos e medidas de controle.

O que diz a NR 5 sobre mapa de risco de segurança do trabalho?

A Norma Regulamentadora 5 (NR 5) trata da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) e estabelece que é responsabilidade da comissão, com a colaboração do SESMT quando houver, elaborar e manter atualizado o mapa de risco da empresa.

Portanto, essa exigência reforça o papel preventivo da CIPA e sua importância na gestão dos riscos ocupacionais. Além disso, a norma também prevê que os trabalhadores participem da construção do mapa, tornando o processo mais colaborativo e eficaz.

Qual é o principal objetivo do mapa de risco de segurança do trabalho?

Antes de mais nada, o objetivo do mapa de risco é promover a identificação participativa dos riscos no ambiente de trabalho. Ele serve para:

  • Mapear os tipos e níveis de risco por setor;
  • Sensibilizar trabalhadores e lideranças;
  • Priorizar ações preventivas;
  • Facilitar auditorias e fiscalizações;
  • Apoiar treinamentos e campanhas de segurança.

Portanto, mais do que um documento obrigatório, o mapa de risco deve ser um recurso vivo, atualizado e integrado à rotina da empresa.

Quais são os 4 níveis de risco?

Os níveis de risco são representados graficamente no mapa por círculos de tamanhos diferentes:

  1. Pequeno – risco leve, com baixa probabilidade de dano;
  2. Médio – risco moderado, requer atenção e controle contínuo;
  3. Grande – risco elevado, com alta chance de gerar acidentes ou doenças;
  4. Muito grande – risco crítico, demanda intervenção imediata.

A classificação considera tanto a gravidade quanto a frequência da exposição ao risco.

Quais as penalidades para quem não aplicar o mapa de riscos?

Empresas que não elaboram ou mantêm o mapa de risco atualizado estão sujeitas a autuações e multas por descumprimento da NR 5. Assim, em casos de acidentes relacionados a riscos não identificados ou mapeados, a empresa pode ainda responder civil, administrativa e criminalmente.

Além das penalidades legais, a ausência do mapa compromete a credibilidade da gestão de segurança e aumenta o passivo trabalhista da organização.

Quem é o responsável pela elaboração do mapa de riscos?

A CIPA, em conjunto com o SESMT (quando houver), é a responsável por elaborar o mapa de risco. No entanto, a participação dos trabalhadores é essencial nesse processo, já que são eles que vivenciam diariamente os riscos nas suas atividades.

A construção do mapa deve ser feita com base em observações diretas, análises de dados, registros de acidentes e percepção dos riscos pelos próprios trabalhadores. Essa abordagem garante mais precisão e engajamento.

Como se faz um mapa de riscos?

A elaboração do mapa de risco envolve as seguintes etapas:

  1. Divisão da planta da empresa por setores;
  2. Identificação dos riscos em cada setor;
  3. Classificação dos riscos segundo os tipos (físicos, químicos etc.);
  4. Definição da intensidade (pequeno, médio, grande, muito grande);
  5. Representação gráfica no croqui/planta da área com cores e tamanhos padronizados;
  6. Validação pela CIPA e trabalhadores do setor;
  7. Afixação em local visível e revisão periódica.

Quais são os elementos do mapa de riscos?

O mapa de risco deve conter os seguintes elementos principais:

  • Croqui ou planta baixa da empresa com setores identificados;
  • Círculos coloridos, de tamanhos variados, representando os riscos:
    • Verde: riscos físicos
    • Vermelho: riscos químicos
    • Marrom: riscos biológicos
    • Amarelo: riscos ergonômicos
    • Azul: riscos de acidentes
  • Legenda explicativa com os tipos de risco e os significados dos tamanhos dos círculos;
  • Assinaturas da CIPA e responsáveis pela elaboração.

Além disso, é recomendável manter uma versão digital acessível e atualizada, especialmente em empresas com operações descentralizadas ou áreas amplas.

Conclusão

O mapa de risco segurança do trabalho é mais do que uma exigência normativa, ou seja, é uma ferramenta de gestão que protege vidas e fortalece a cultura preventiva nas empresas. Logo, seu valor vai além do papel, sendo essencial para decisões estratégicas, planejamento de treinamentos e ações de melhoria contínua.

Para empresas que querem ir além do básico, o segredo está em envolver os trabalhadores, atualizar os mapas periodicamente e integrá-los às demais campanhas de segurança e saúde do trabalho.

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