A gestão de riscos é um dos pilares da segurança do trabalho moderna. E, nesse contexto, o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) vem se consolidando como uma ferramenta indispensável para garantir ambientes mais seguros, produtivos e em conformidade com a legislação. Mas, afinal, o que é o PGR? Como ele deve ser estruturado? E qual a sua real importância para as empresas?
Neste artigo, você vai entender tudo isso e ainda descobrir as diferenças entre PGR e GRO, as etapas fundamentais para montar um bom programa e qual profissional pode (e deve) liderar esse processo. Siga a leitura!
Sumário
- 1 O que é o Programa de Gerenciamento de Riscos?
- 2 Como fazer um PGR?
- 3 Quais são as 5 etapas do PGR?
- 4 Qual a diferença entre PGR e GRO?
- 5 PGR na segurança do trabalho
- 6 Qual norma o Programa de Gerenciamento de Riscos visa atender?
- 7 Quem faz o Programa de Gerenciamento de Riscos?
- 8 Programa de Gerenciamento de Riscos: para que serve?
- 9 Conclusão
O que é o Programa de Gerenciamento de Riscos?
O Programa de Gerenciamento de Riscos é o documento-base do Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO), previsto na Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), em vigor desde 2022. Ele reúne de forma organizada a identificação de perigos, avaliação de riscos e as ações necessárias para eliminá-los ou controlá-los dentro do ambiente de trabalho.
Em outras palavras, é o PGR que traduz, na prática, o compromisso da empresa com a saúde e segurança dos trabalhadores — seja em indústrias, serviços ou construção civil. Ele é dinâmico, personalizado por setor ou função e deve evoluir com o tempo, conforme os riscos mudam.
Como fazer um PGR?
A elaboração de um PGR exige uma abordagem técnica, estruturada e contínua. Veja os principais passos:
- Análise preliminar: entenda os processos, equipamentos e ambientes da empresa.
- Identificação de perigos: identifique tudo o que pode causar dano à saúde ou integridade física dos trabalhadores.
- Avaliação dos riscos: determine o nível de risco (probabilidade x gravidade).
- Elaboração do Inventário de Riscos Ocupacionais: documento que registra perigos e riscos identificados.
- Plano de Ação: definição de medidas preventivas, corretivas ou de controle.
- Monitoramento e revisão periódica: o PGR precisa estar sempre atualizado diante de mudanças no ambiente de trabalho, como novas máquinas ou processos.
Um bom PGR não é estático. Ele deve ser continuamente revisado para acompanhar as transformações da empresa e garantir que as ações propostas estejam sendo, de fato, eficazes.
Quais são as 5 etapas do PGR?
O PGR pode ser sintetizado em cinco grandes etapas, que funcionam como um ciclo de melhoria contínua:
1. Identificação de perigos
É a base do programa. Aqui, mapeiam-se as fontes de risco nos ambientes, nas atividades e nos equipamentos.
2. Avaliação de riscos
Nesta fase, analisa-se a gravidade e a probabilidade de ocorrência dos riscos identificados. É o que orienta a priorização das ações.
3. Estabelecimento de Medidas de Prevenção
Com base nos riscos avaliados, define-se o que será feito para prevenir acidentes e doenças ocupacionais.
4. Implementação das Medidas
Hora de colocar o plano em prática. Isso envolve treinamentos, aquisição de EPIs, adequações no layout ou na rotina de trabalho.
5. Monitoramento e Revisão
O PGR é um organismo vivo. Monitorar os resultados e revisar o programa é essencial para garantir que ele continue efetivo e alinhado com a realidade da empresa.
Qual a diferença entre PGR e GRO?
Embora os dois termos estejam sempre juntos, eles têm significados distintos:
- GRO (Gerenciamento de Riscos Ocupacionais) é o processo contínuo de gestão dos riscos à saúde e segurança dos trabalhadores.
- PGR é o documento que materializa esse processo.
Ou seja, o GRO é a filosofia de gestão de riscos; o PGR é o plano de ação. O primeiro é a estratégia, o segundo é a tática.
PGR na segurança do trabalho
Quando bem estruturado, o PGR transforma a gestão de SST. Isso porque a gestão passa a ser mais preventiva do que corretiva, mais estratégica do que burocrática. Alguns ganhos diretos são:
- Redução de acidentes e afastamentos;
- Aumento da produtividade, já que ambientes mais seguros são também mais eficientes;
- Maior engajamento da equipe, sobretudo quando os trabalhadores percebem que suas condições estão sendo tratadas com seriedade;
- Conformidade legal, evitando autuações e penalidades.
Vale lembrar: o PGR não é um papel para cumprir tabela. Ou seja, é uma ferramenta real de mudança no chão de fábrica, no canteiro de obras ou no escritório.
Qual norma o Programa de Gerenciamento de Riscos visa atender?
O PGR atende à NR-1, revisada em 2020 e com vigência obrigatória a partir de 2022. Essa norma estabelece as diretrizes para o GRO e exige que todas as empresas com trabalhadores em regime CLT mantenham um PGR atualizado.
Há exceções para MEIs e algumas MEs e EPPs de grau de risco 1 e 2, desde que não identifiquem exposição a riscos físicos, químicos ou biológicos. Caso contrário, o PGR é obrigatório.
Quem faz o Programa de Gerenciamento de Riscos?
O PGR deve ser elaborado e assinado por profissionais legalmente habilitados, como engenheiros de segurança, técnicos de segurança do trabalho e médicos do trabalho, dependendo da complexidade dos riscos envolvidos.
Mais do que assinar, esses profissionais são responsáveis, inclusive, por construir o programa com base na realidade da empresa, considerando suas particularidades e ouvindo ativamente quem está na linha de frente das operações.
Programa de Gerenciamento de Riscos: para que serve?
Em resumo, o PGR serve para:
- Diagnosticar perigos e riscos ocupacionais;
- Propor ações eficazes de prevenção e controle;
- Monitorar e revisar as estratégias implementadas;
- Promover ambientes mais seguros e saudáveis;
- Fortalecer a cultura de segurança da empresa.
Seu objetivo vai além da conformidade legal — é uma ferramenta estratégica de gestão. Assim, empresas que investem em um bom PGR colhem resultados reais, com menor rotatividade, menos passivos trabalhistas e um ambiente mais estável e produtivo.
Conclusão
O Programa de Gerenciamento de Riscos é mais do que uma exigência legal: é um investimento em pessoas, processos e resultados. Portanto, quando bem elaborado e implementado, ele se torna um aliado estratégico para empresas de todos os setores.
Ou seja, a segurança do trabalho começa no planejamento. E o PGR é o mapa que orienta esse caminho.
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