A rotina acelerada, a pressão por resultados e a sobrecarga de tarefas têm colocado em evidência um problema cada vez mais comum nas empresas: o burnout no trabalho. Todavia, muito além do cansaço ocasional, essa síndrome afeta profundamente a saúde mental, o desempenho e a qualidade de vida dos trabalhadores. Neste artigo, você vai entender o que é burnout, como identificá-lo, quais são seus impactos e, principalmente, como preveni-lo no ambiente corporativo. Siga a leitura!
Sumário
- 1 O que é burnout no trabalho?
- 2 O que causa burnout no trabalho?
- 3 Síndrome de burnout: sintomas mais comuns
- 4 Quais são as 3 fases da Síndrome de Burnout?
- 5 Como comprovar burnout no trabalho?
- 6 Como funciona o afastamento por burnout?
- 7 Burnout é acidente de trabalho?
- 8 Quais os direitos do trabalhador com burnout?
- 9 Como prevenir burnout no trabalho?
- 10 Conclusão
O que é burnout no trabalho?
Antes de mais nada, o burnout no trabalho é uma síndrome reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), caracterizada por um estado de esgotamento físico e emocional causado pelo estresse crônico relacionado ao ambiente de trabalho. Ou seja, diferente do estresse comum, o burnout se instala de forma gradual e contínua, minando a motivação e a energia do profissional até torná-lo incapaz de exercer suas atividades com eficácia.
A síndrome foi incluída na Classificação Internacional de Doenças (CID-11), sob o código QD85, reforçando seu caráter ocupacional. Portanto, isso significa que o ambiente e as condições de trabalho desempenham papel central no seu desenvolvimento.
O que causa burnout no trabalho?
Embora cada caso tenha suas particularidades, existem fatores recorrentes associados ao surgimento do burnout. Entre os principais, destacam-se:
- Sobrecarga de trabalho constante;
- Excesso de responsabilidades e metas inalcançáveis;
- Ambientes com clima organizacional negativo;
- Falta de reconhecimento ou apoio da liderança;
- Baixa autonomia nas decisões;
- Jornadas extensas sem pausas adequadas.
Esses elementos, isoladamente ou combinados, contribuem, sobretudo, para um cenário de esgotamento progressivo — especialmente em áreas onde o cuidado com a segurança e o cumprimento de normas exigem atenção constante, como é o caso de muitos setores industriais.
Síndrome de burnout: sintomas mais comuns
Os sinais do burnout no trabalho podem ser físicos, emocionais e comportamentais. Os principais sintomas incluem:
- Cansaço extremo, mesmo após o descanso;
- Dificuldade de concentração;
- Irritabilidade e mudanças bruscas de humor;
- Insônia ou sono excessivo;
- Falta de motivação;
- Dores de cabeça e musculares frequentes;
- Sensação de incompetência ou fracasso;
- Isolamento social.
Desse modo, ignorar esses sintomas pode levar à piora do quadro e até mesmo a afastamentos prolongados.
Quais são as 3 fases da Síndrome de Burnout?
A evolução do burnout costuma acontecer em três estágios:
- Esgotamento emocional: sensação de exaustão e falta de energia constante.
- Despersonalização: atitudes cínicas, distanciamento e insensibilidade em relação ao trabalho e colegas.
- Redução da realização pessoal: queda no desempenho, perda de confiança e sentimento de inutilidade.
Reconhecer essas fases é fundamental para agir antes que a síndrome se instale de forma grave.
Como comprovar burnout no trabalho?
A confirmação do burnout deve ser feita por um psiquiatra ou psicólogo, com base em uma avaliação clínica criteriosa. Muitas vezes, porém, é necessário apresentar relatórios médicos e laudos psicológicos em caso de afastamento ou solicitação de benefícios junto ao INSS.
Ferramentas como o Maslach Burnout Inventory (MBI) são utilizadas para mensurar o nível de exaustão emocional, despersonalização e satisfação com o trabalho.
Como funciona o afastamento por burnout?
Se o profissional for diagnosticado com burnout e precisar de afastamento superior a 15 dias, ele pode ser encaminhado ao INSS para receber o auxílio-doença (código B91, quando relacionado ao trabalho). O processo envolve:
- Atestado médico;
- Agendamento e realização de perícia;
- Concessão do benefício, caso aprovado;
- Acompanhamento durante o tratamento;
- Possibilidade de retorno com readaptação das funções.
Durante o afastamento, o trabalhador continua tendo direito ao FGTS e à estabilidade no emprego por até 12 meses após o retorno.
Burnout é acidente de trabalho?
Sim. Desde 2022, o burnout é oficialmente considerado uma doença ocupacional quando for comprovada sua relação com as atividades profissionais. Além disso, tem implicações importantes:
- O trabalhador pode ter direito ao auxílio-doença acidentário (B91);
- Garante estabilidade de 12 meses após o retorno;
- Possibilita ações de reabilitação ou mudança de função, se necessário.
Essa caracterização reforça a responsabilidade das empresas em promover ambientes seguros e saudáveis também do ponto de vista emocional.
Quais os direitos do trabalhador com burnout?
Os principais direitos garantidos ao trabalhador com diagnóstico de burnout são:
- Afastamento com remuneração;
- Recebimento de benefício previdenciário;
- Estabilidade após o retorno;
- Reabilitação ou readaptação, se necessária;
- Acompanhamento médico contínuo;
- Manutenção de benefícios como FGTS e INSS.
Por isso, empresas que negligenciam o bem-estar mental de seus profissionais estão mais sujeitas a passivos trabalhistas e impactos negativos na cultura organizacional.
Como prevenir burnout no trabalho?
A prevenção é o caminho mais eficaz. Veja boas práticas que empresas podem adotar:
- Promover pausas regulares durante a jornada;
- Redefinir metas realistas;
- Estimular diálogos abertos sobre saúde mental;
- Treinar lideranças para identificar sinais de esgotamento;
- Oferecer programas de apoio psicológico;
- Fomentar ambientes colaborativos e menos hierárquicos.
Além disso, campanhas de conscientização — como as realizadas em SIPATs — têm papel essencial ao integrar o tema saúde mental e emocional ao dia a dia das empresas.
Conclusão
Antes de tudo, o burnout no trabalho é um desafio real e urgente. Portanto, mais do que uma responsabilidade legal, cuidar da saúde mental dos trabalhadores é um compromisso ético e estratégico. Além disso, ambientes emocionalmente seguros aumentam o engajamento, reduzem o turnover e fortalecem a cultura preventiva.
Logo, se a sua empresa quer evoluir nesse aspecto, investir em conhecimento, acolhimento e ações práticas é o primeiro passo. E a Weex pode te ajudar nisso.
Quer levar o tema da saúde mental de forma leve, prática e de alto impacto para a sua SIPAT?
Conheça os conteúdos exclusivos da Weex sobre burnout, ansiedade, equilíbrio emocional e muito mais. Então fale com um especialista da Weex e monte uma campanha sob medida para sua equipe.