Burnout no trabalho: sintomas, impactos e como prevenir

Entenda o que é a Síndrome de Burnout, quais são seus sintomas e como é feito o diagnóstico, a prevenção e o tratamento
burnout no trabalho

A rotina acelerada, a pressão por resultados e a sobrecarga de tarefas têm colocado em evidência um problema cada vez mais comum nas empresas: o burnout no trabalho. Todavia, muito além do cansaço ocasional, essa síndrome afeta profundamente a saúde mental, o desempenho e a qualidade de vida dos trabalhadores. Neste artigo, você vai entender o que é burnout, como identificá-lo, quais são seus impactos e, principalmente, como preveni-lo no ambiente corporativo. Siga a leitura!

O que é burnout no trabalho?

Antes de mais nada, o burnout no trabalho é uma síndrome reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), caracterizada por um estado de esgotamento físico e emocional causado pelo estresse crônico relacionado ao ambiente de trabalho. Ou seja, diferente do estresse comum, o burnout se instala de forma gradual e contínua, minando a motivação e a energia do profissional até torná-lo incapaz de exercer suas atividades com eficácia.

A síndrome foi incluída na Classificação Internacional de Doenças (CID-11), sob o código QD85, reforçando seu caráter ocupacional. Portanto, isso significa que o ambiente e as condições de trabalho desempenham papel central no seu desenvolvimento.

O que causa burnout no trabalho?

Embora cada caso tenha suas particularidades, existem fatores recorrentes associados ao surgimento do burnout. Entre os principais, destacam-se:

  • Sobrecarga de trabalho constante;
  • Excesso de responsabilidades e metas inalcançáveis;
  • Ambientes com clima organizacional negativo;
  • Falta de reconhecimento ou apoio da liderança;
  • Baixa autonomia nas decisões;
  • Jornadas extensas sem pausas adequadas.

Esses elementos, isoladamente ou combinados, contribuem, sobretudo, para um cenário de esgotamento progressivo — especialmente em áreas onde o cuidado com a segurança e o cumprimento de normas exigem atenção constante, como é o caso de muitos setores industriais.

Síndrome de burnout: sintomas mais comuns

Os sinais do burnout no trabalho podem ser físicos, emocionais e comportamentais. Os principais sintomas incluem:

  • Cansaço extremo, mesmo após o descanso;
  • Dificuldade de concentração;
  • Irritabilidade e mudanças bruscas de humor;
  • Insônia ou sono excessivo;
  • Falta de motivação;
  • Dores de cabeça e musculares frequentes;
  • Sensação de incompetência ou fracasso;
  • Isolamento social.

Desse modo, ignorar esses sintomas pode levar à piora do quadro e até mesmo a afastamentos prolongados.

Quais são as 3 fases da Síndrome de Burnout?

A evolução do burnout costuma acontecer em três estágios:

  1. Esgotamento emocional: sensação de exaustão e falta de energia constante.
  2. Despersonalização: atitudes cínicas, distanciamento e insensibilidade em relação ao trabalho e colegas.
  3. Redução da realização pessoal: queda no desempenho, perda de confiança e sentimento de inutilidade.

Reconhecer essas fases é fundamental para agir antes que a síndrome se instale de forma grave.

Como comprovar burnout no trabalho?

A confirmação do burnout deve ser feita por um psiquiatra ou psicólogo, com base em uma avaliação clínica criteriosa. Muitas vezes, porém, é necessário apresentar relatórios médicos e laudos psicológicos em caso de afastamento ou solicitação de benefícios junto ao INSS.

Ferramentas como o Maslach Burnout Inventory (MBI) são utilizadas para mensurar o nível de exaustão emocional, despersonalização e satisfação com o trabalho.

Como funciona o afastamento por burnout?

Se o profissional for diagnosticado com burnout e precisar de afastamento superior a 15 dias, ele pode ser encaminhado ao INSS para receber o auxílio-doença (código B91, quando relacionado ao trabalho). O processo envolve:

  1. Atestado médico;
  2. Agendamento e realização de perícia;
  3. Concessão do benefício, caso aprovado;
  4. Acompanhamento durante o tratamento;
  5. Possibilidade de retorno com readaptação das funções.

Durante o afastamento, o trabalhador continua tendo direito ao FGTS e à estabilidade no emprego por até 12 meses após o retorno.

Burnout é acidente de trabalho?

Sim. Desde 2022, o burnout é oficialmente considerado uma doença ocupacional quando for comprovada sua relação com as atividades profissionais. Além disso, tem implicações importantes:

  • O trabalhador pode ter direito ao auxílio-doença acidentário (B91);
  • Garante estabilidade de 12 meses após o retorno;
  • Possibilita ações de reabilitação ou mudança de função, se necessário.

Essa caracterização reforça a responsabilidade das empresas em promover ambientes seguros e saudáveis também do ponto de vista emocional.

Quais os direitos do trabalhador com burnout?

Os principais direitos garantidos ao trabalhador com diagnóstico de burnout são:

  • Afastamento com remuneração;
  • Recebimento de benefício previdenciário;
  • Estabilidade após o retorno;
  • Reabilitação ou readaptação, se necessária;
  • Acompanhamento médico contínuo;
  • Manutenção de benefícios como FGTS e INSS.

Por isso, empresas que negligenciam o bem-estar mental de seus profissionais estão mais sujeitas a passivos trabalhistas e impactos negativos na cultura organizacional.

Como prevenir burnout no trabalho?

A prevenção é o caminho mais eficaz. Veja boas práticas que empresas podem adotar:

  • Promover pausas regulares durante a jornada;
  • Redefinir metas realistas;
  • Estimular diálogos abertos sobre saúde mental;
  • Treinar lideranças para identificar sinais de esgotamento;
  • Oferecer programas de apoio psicológico;
  • Fomentar ambientes colaborativos e menos hierárquicos.

Além disso, campanhas de conscientização — como as realizadas em SIPATs — têm papel essencial ao integrar o tema saúde mental e emocional ao dia a dia das empresas.

Conclusão

Antes de tudo, o burnout no trabalho é um desafio real e urgente. Portanto, mais do que uma responsabilidade legal, cuidar da saúde mental dos trabalhadores é um compromisso ético e estratégico. Além disso, ambientes emocionalmente seguros aumentam o engajamento, reduzem o turnover e fortalecem a cultura preventiva.

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