O que é assédio moral no trabalho: entenda, identifique e saiba como agir

Entender o que é assédio moral no trabalho, seus tipos, vítimas, consequências e formas de comprovação é fundamental para promover um ambiente saudável e cumprir o papel de prevenção e intervenção. Saiba mais no texto!
o que é assédio moral no trabalho

O ambiente de trabalho deve ser um espaço seguro, respeitoso e produtivo para todos. Contudo, infelizmente, o assédio moral no trabalho ainda é uma realidade em muitas organizações, impactando diretamente a saúde física e mental dos trabalhadores e o desempenho das equipes. Assim, entender o que é assédio moral no trabalho, seus tipos, vítimas, consequências e formas de comprovação é fundamental para promover um ambiente saudável e cumprir o papel de prevenção e intervenção. Vamos lá?

O que pode ser considerado assédio moral no trabalho?

Antes de tudo, assédio moral é definido como qualquer comportamento abusivo, reiterado e intencional que atenta contra a dignidade ou integridade psicológica de um trabalhador. Assim, essas condutas podem ocorrer por meio de humilhações, ameaças, isolamento social, desqualificação profissional ou sobrecarga excessiva, e normalmente se repetem ao longo do tempo, gerando desgaste emocional significativo.

Além disso, é importante destacar que o assédio não se limita a ofensas verbais; pode também ser praticado de forma silenciosa, como o isolamento do trabalhador em reuniões ou a retirada de responsabilidades importantes sem justificativa clara. Essa forma de violência no trabalho compromete a saúde mental e física do colaborador, podendo levar a afastamentos, queda no desempenho e problemas graves de saúde.

Quais são os 4 tipos de assédio moral?

Entender as modalidades do assédio ajuda na sua identificação e combate. Os quatro tipos principais são:

  1. Assédio vertical descendente: é o mais comum e ocorre quando um superior hierárquico pratica atos abusivos contra seus subordinados, como cobranças excessivas, humilhações públicas ou críticas constantes e desproporcionais.
  2. Assédio vertical ascendente: embora menos frequente, também existe a possibilidade do subordinado assediar o superior, por meio de comportamentos agressivos, sabotagem ou desrespeito contínuo.
  3. Assédio horizontal: acontece entre colegas de trabalho, envolvendo fofocas, exclusão social, boatos e atitudes que visam desqualificar ou isolar um trabalhador dentro da equipe.
  4. Assédio organizacional: refere-se às práticas institucionais que colocam pressão indevida sobre os trabalhadores, como metas irreais, excesso de fiscalização ou ambientes hostis criados pela própria cultura da empresa.

Essa diversidade evidencia que o assédio pode ocorrer em diferentes direções e níveis hierárquicos, sendo um desafio constante para gestores e técnicos de segurança do trabalho.

Quem pode ser vítima do assédio moral? Somente o trabalhador subordinado?

Uma dúvida comum é se o assédio moral atinge somente os trabalhadores subordinados. A resposta é não. O assédio pode atingir qualquer pessoa na estrutura organizacional. Enquanto o assédio vertical descendente é o mais tradicionalmente observado, superiores hierárquicos também podem ser vítimas do assédio praticado por seus subordinados ou por colegas, na forma de assédio vertical ascendente e horizontal, respectivamente.

Essa realidade reforça a necessidade de toda a organização estar atenta e preparada para identificar e combater o problema, independentemente do cargo ou posição hierárquica.

Como saber se estou sendo vítima de assédio moral?

Detectar o assédio moral pode não ser simples, mas alguns sinais claros indicam que o trabalhador está passando por essa situação:

  • Receber críticas constantes e injustificadas que comprometem sua confiança.
  • Ser excluído ou ignorado em reuniões e decisões importantes.
  • Sobrecarga de tarefas sem suporte adequado, gerando pressão excessiva.
  • Divulgação de boatos ou comentários que denigrem a imagem profissional.
  • Humilhação pública ou privada, com exposição vexatória.
  • Sensação persistente de ansiedade, medo ou insegurança no ambiente de trabalho.

Esses sinais, quando constantes, indicam que a saúde emocional do trabalhador pode estar sendo comprometida, e a situação deve ser levada a sério.

O que é preciso para provar assédio moral?

Provar o assédio moral é um passo importante para que o trabalhador tenha respaldo em processos legais e ações internas. Para isso, é recomendável reunir:

  • Documentação escrita, como e-mails, mensagens ou registros de advertências injustas.
  • Testemunhos de colegas que presenciaram as situações de abuso.
  • Relatórios médicos ou psicológicos que indiquem impacto na saúde mental do trabalhador.
  • Registros de reclamações formais feitas à empresa.
  • Anotações pessoais detalhadas sobre os episódios de assédio, datas, horários e envolvidos.

Essa documentação sólida é fundamental para dar suporte à denúncia e para que as equipes de segurança do trabalho, RH e jurídico possam agir de forma efetiva.

Exemplos de assédio moral no trabalho

Para ilustrar, seguem alguns exemplos comuns de assédio moral:

  • Um gestor que constantemente ridiculariza o trabalhador na frente dos colegas por pequenos erros.
  • Colegas que disseminam boatos maldosos para desqualificar profissionalmente alguém.
  • Obrigar o trabalhador a realizar tarefas degradantes ou incompatíveis com sua função.
  • Estabelecer metas abusivas e ameaçar demissão em caso de não cumprimento.
  • Isolar o trabalhador, impedindo sua participação em projetos ou reuniões.

Esses exemplos são apenas alguns dos muitos comportamentos abusivos que configuram o assédio moral. Para entender mais sobre as questões legais relacionadas ao assédio, não deixe de assistir ao episódio exclusivo do Conversa Segura, com a Dra. Gicelli Paixão: 

Prazo para denunciar assédio moral

O trabalhador que sofre assédio moral deve agir o quanto antes. Na Justiça do Trabalho, o prazo para apresentar reclamação trabalhista é de até dois anos após o término do contrato de trabalho. Já para o reconhecimento do direito trabalhista enquanto ainda está na empresa, o prazo é de até cinco anos para reclamar direitos referentes ao período em que foi vítima.

Além disso, é recomendável comunicar o problema internamente o quanto antes, por meio de canais formais da empresa, para que medidas corretivas possam ser adotadas rapidamente, prevenindo danos maiores.

Alguns dados:

Dados recentes indicam que cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros já foram vítimas de assédio moral em algum momento da carreira. Setores como indústria, serviços e saúde são os mais afetados, justamente por apresentarem maior pressão por produtividade e dinâmicas hierárquicas mais rígidas.

Além do impacto psicológico, o assédio está diretamente relacionado ao aumento do absenteísmo, afastamentos médicos e queda na produtividade, reforçando a importância da prevenção e da cultura organizacional saudável.

Consequências do assédio moral

O assédio moral gera consequências severas para o trabalhador e para a empresa:

  • Para o trabalhador: estresse, ansiedade, depressão, queda da autoestima, doenças físicas e afastamentos.
  • Para a empresa: prejuízos financeiros, rotatividade elevada, clima organizacional negativo, perdas de talentos e riscos legais.

Portanto, atuar contra o assédio moral é proteger pessoas e fortalecer a organização como um todo.

Conclusão

Saber o que é assédio moral no trabalho e reconhecer suas diversas formas é essencial para que a empresa possa atuar preventivamente e com agilidade na resolução dessas situações. Assim, um ambiente de trabalho respeitoso e saudável contribui para o bem-estar dos trabalhadores e o sucesso da empresa.

Portanto, promover a cultura da prevenção, oferecer canais seguros para denúncias e capacitar líderes para lidar com conflitos são ações estratégicas fundamentais. A Weex está ao seu lado nessa missão, fornecendo ferramentas e conteúdos que facilitam a conscientização e o combate ao assédio moral no ambiente corporativo.

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