O ambiente de trabalho deve ser um espaço seguro, respeitoso e produtivo para todos. Contudo, infelizmente, o assédio moral no trabalho ainda é uma realidade em muitas organizações, impactando diretamente a saúde física e mental dos trabalhadores e o desempenho das equipes. Assim, entender o que é assédio moral no trabalho, seus tipos, vítimas, consequências e formas de comprovação é fundamental para promover um ambiente saudável e cumprir o papel de prevenção e intervenção. Vamos lá?
Sumário
- 1 O que pode ser considerado assédio moral no trabalho?
- 2 Quais são os 4 tipos de assédio moral?
- 3 Quem pode ser vítima do assédio moral? Somente o trabalhador subordinado?
- 4 Como saber se estou sendo vítima de assédio moral?
- 5 O que é preciso para provar assédio moral?
- 6 Exemplos de assédio moral no trabalho
- 7 Prazo para denunciar assédio moral
- 8 Alguns dados:
- 9 Consequências do assédio moral
- 10 Conclusão
O que pode ser considerado assédio moral no trabalho?
Antes de tudo, assédio moral é definido como qualquer comportamento abusivo, reiterado e intencional que atenta contra a dignidade ou integridade psicológica de um trabalhador. Assim, essas condutas podem ocorrer por meio de humilhações, ameaças, isolamento social, desqualificação profissional ou sobrecarga excessiva, e normalmente se repetem ao longo do tempo, gerando desgaste emocional significativo.
Além disso, é importante destacar que o assédio não se limita a ofensas verbais; pode também ser praticado de forma silenciosa, como o isolamento do trabalhador em reuniões ou a retirada de responsabilidades importantes sem justificativa clara. Essa forma de violência no trabalho compromete a saúde mental e física do colaborador, podendo levar a afastamentos, queda no desempenho e problemas graves de saúde.
Quais são os 4 tipos de assédio moral?
Entender as modalidades do assédio ajuda na sua identificação e combate. Os quatro tipos principais são:
- Assédio vertical descendente: é o mais comum e ocorre quando um superior hierárquico pratica atos abusivos contra seus subordinados, como cobranças excessivas, humilhações públicas ou críticas constantes e desproporcionais.
- Assédio vertical ascendente: embora menos frequente, também existe a possibilidade do subordinado assediar o superior, por meio de comportamentos agressivos, sabotagem ou desrespeito contínuo.
- Assédio horizontal: acontece entre colegas de trabalho, envolvendo fofocas, exclusão social, boatos e atitudes que visam desqualificar ou isolar um trabalhador dentro da equipe.
- Assédio organizacional: refere-se às práticas institucionais que colocam pressão indevida sobre os trabalhadores, como metas irreais, excesso de fiscalização ou ambientes hostis criados pela própria cultura da empresa.
Essa diversidade evidencia que o assédio pode ocorrer em diferentes direções e níveis hierárquicos, sendo um desafio constante para gestores e técnicos de segurança do trabalho.
Quem pode ser vítima do assédio moral? Somente o trabalhador subordinado?
Uma dúvida comum é se o assédio moral atinge somente os trabalhadores subordinados. A resposta é não. O assédio pode atingir qualquer pessoa na estrutura organizacional. Enquanto o assédio vertical descendente é o mais tradicionalmente observado, superiores hierárquicos também podem ser vítimas do assédio praticado por seus subordinados ou por colegas, na forma de assédio vertical ascendente e horizontal, respectivamente.
Essa realidade reforça a necessidade de toda a organização estar atenta e preparada para identificar e combater o problema, independentemente do cargo ou posição hierárquica.
Como saber se estou sendo vítima de assédio moral?
Detectar o assédio moral pode não ser simples, mas alguns sinais claros indicam que o trabalhador está passando por essa situação:
- Receber críticas constantes e injustificadas que comprometem sua confiança.
- Ser excluído ou ignorado em reuniões e decisões importantes.
- Sobrecarga de tarefas sem suporte adequado, gerando pressão excessiva.
- Divulgação de boatos ou comentários que denigrem a imagem profissional.
- Humilhação pública ou privada, com exposição vexatória.
- Sensação persistente de ansiedade, medo ou insegurança no ambiente de trabalho.
Esses sinais, quando constantes, indicam que a saúde emocional do trabalhador pode estar sendo comprometida, e a situação deve ser levada a sério.
O que é preciso para provar assédio moral?
Provar o assédio moral é um passo importante para que o trabalhador tenha respaldo em processos legais e ações internas. Para isso, é recomendável reunir:
- Documentação escrita, como e-mails, mensagens ou registros de advertências injustas.
- Testemunhos de colegas que presenciaram as situações de abuso.
- Relatórios médicos ou psicológicos que indiquem impacto na saúde mental do trabalhador.
- Registros de reclamações formais feitas à empresa.
- Anotações pessoais detalhadas sobre os episódios de assédio, datas, horários e envolvidos.
Essa documentação sólida é fundamental para dar suporte à denúncia e para que as equipes de segurança do trabalho, RH e jurídico possam agir de forma efetiva.
Exemplos de assédio moral no trabalho
Para ilustrar, seguem alguns exemplos comuns de assédio moral:
- Um gestor que constantemente ridiculariza o trabalhador na frente dos colegas por pequenos erros.
- Colegas que disseminam boatos maldosos para desqualificar profissionalmente alguém.
- Obrigar o trabalhador a realizar tarefas degradantes ou incompatíveis com sua função.
- Estabelecer metas abusivas e ameaçar demissão em caso de não cumprimento.
- Isolar o trabalhador, impedindo sua participação em projetos ou reuniões.
Esses exemplos são apenas alguns dos muitos comportamentos abusivos que configuram o assédio moral. Para entender mais sobre as questões legais relacionadas ao assédio, não deixe de assistir ao episódio exclusivo do Conversa Segura, com a Dra. Gicelli Paixão:
Prazo para denunciar assédio moral
O trabalhador que sofre assédio moral deve agir o quanto antes. Na Justiça do Trabalho, o prazo para apresentar reclamação trabalhista é de até dois anos após o término do contrato de trabalho. Já para o reconhecimento do direito trabalhista enquanto ainda está na empresa, o prazo é de até cinco anos para reclamar direitos referentes ao período em que foi vítima.
Além disso, é recomendável comunicar o problema internamente o quanto antes, por meio de canais formais da empresa, para que medidas corretivas possam ser adotadas rapidamente, prevenindo danos maiores.
Alguns dados:
Dados recentes indicam que cerca de 30% dos trabalhadores brasileiros já foram vítimas de assédio moral em algum momento da carreira. Setores como indústria, serviços e saúde são os mais afetados, justamente por apresentarem maior pressão por produtividade e dinâmicas hierárquicas mais rígidas.
Além do impacto psicológico, o assédio está diretamente relacionado ao aumento do absenteísmo, afastamentos médicos e queda na produtividade, reforçando a importância da prevenção e da cultura organizacional saudável.
Consequências do assédio moral
O assédio moral gera consequências severas para o trabalhador e para a empresa:
- Para o trabalhador: estresse, ansiedade, depressão, queda da autoestima, doenças físicas e afastamentos.
- Para a empresa: prejuízos financeiros, rotatividade elevada, clima organizacional negativo, perdas de talentos e riscos legais.
Portanto, atuar contra o assédio moral é proteger pessoas e fortalecer a organização como um todo.
Conclusão
Saber o que é assédio moral no trabalho e reconhecer suas diversas formas é essencial para que a empresa possa atuar preventivamente e com agilidade na resolução dessas situações. Assim, um ambiente de trabalho respeitoso e saudável contribui para o bem-estar dos trabalhadores e o sucesso da empresa.
Portanto, promover a cultura da prevenção, oferecer canais seguros para denúncias e capacitar líderes para lidar com conflitos são ações estratégicas fundamentais. A Weex está ao seu lado nessa missão, fornecendo ferramentas e conteúdos que facilitam a conscientização e o combate ao assédio moral no ambiente corporativo.
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